terça-feira, 2 de outubro de 2018

Estrada afora

“Alexander von Humboldt, que chegou a conhecer a estrada real dos incas, denominou-a, na sua descrição de viagem, ‘a mais útil e a mais admirável de todas as obras dos seres humanos’…”


O povo inca, evoluído espiritual e materialmente, desperta interesse ainda hoje. A grande extensão de estradas é um dos testemunhos da sua competência técnica nas construções. 
Considerando a pouca estrutura que se tinha na época, pode-se imaginar o empenho dispendido para conectar povoados distantes, hoje cidades e países. O esforço e a simplicidade são inspiradores: quanto se pode fazer com pouca estrutura, gerando um grande feito? 
O percurso denominado Qhapac Ñan, patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, é notável pela altitude e pelo terreno adverso, ziguezagueando por milhares de quilômetros os picos nevados dos Andes, passando por florestas, vales e desertos.
Segundo a escritora, “essa extraordinária estrada, cujo percurso hoje é em parte conhecido, conduzia em linha ininterrupta através dos países hoje denominados Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador e finalmente, atravessando a linha do equador, até a Colômbia”.
Roselis von Sass narra ainda que “mais de cem pontes foram edificadas pelos incas e membros de outros povos. Pontes de pedra e madeira, ou então as famosas pontes pênseis ou de cordas. As pontes de cordas, feitas de fibras de agave, foram certamente únicas em sua espécie na Terra”.
A vitalidade, a liderança e o poder do povo inca tinham como alicerce o saber interior, que se manifestava por meio de valores como confiança, pureza e alegria em trabalhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário