terça-feira, 3 de novembro de 2015

Forças da natureza

Sibélia Zanon

Quem inventou o cheiro da hortelã?
E quem construiu as estrelas?
Quem faz correr as águas?

E quem abre as flores?
Delicadas mãozinhas tecem no silêncio.

Mãos fortes e majestosas tecem o indizível.


Pé no gramado, comer a jabuticaba direto da árvore, uma brincadeira na poça d’água, a primeira vez no mar...
 cada um tem suas recordações de infância.
Além do potencial
 sensorial e poético, a
 natureza oferta um enorme 
potencial pedagógico. Acompanhar o despertar de uma semente, a colheita de uma fruta, os ciclos nas estações.
Em tempos de mais cinzas do que verdes, que tal refletir sobre o visível e o invisível, que cercam as pequenas e grandes belezas da natureza?
Resgatar para o presente uma pincelada da relação próxima que os povos antigos tinham com os seres das florestas, das águas, do ar?
No livro Nina e o dedo espetado –Dompi, a personagem Nina conversa com sua amiga, a joaninha Julinha:
“— A Dompi é um ser da natureza, que cuida da hortelã e das outras ervas, sabe? A vovó sempre me conta histórias sobre fadas, gnomos, sereias... Ela me contou que a Dompi é mais ou menos do meu tamanho e tem um gorro vermelho enfeitado com folhas de hortelã, Julinha! Ai, ela deve ser tão linda!”
Quem eram os deuses da Antiguidade? 
Fadas, sereias, elfos, gigantes... Eles continuam vivos?
 A hortelã ainda não secou.
 Novas estrelas são descobertas.
 As flores não deixaram de se abrir. Falta abrir a cortina das lendas...
 e pressentir a grandiosidade do que nos cerca.
Nem tudo o que existe a gente vê e nem por isso as coisas deixam de existir!


Um comentário:

  1. Quando criança eu assistia o desenho do Thor, dito o Deus do trovão.
    Mais tarde, em estudos na escola, fiquei sabendo que tratava de mitologia grega, assim, fiquei influenciado a crer que tratava-se então de uma lenda. Já adulto conheci a autora Roselis Von Sass que me esclareceu muitas coisas sobre elementares da natureza, incluindo Thor. A autora esclareceu que existem muitos auxiliares do Todo Poderoso, o Deus Criador de todos os mundos. Então me alegrei em saber que Elfos, Gnomos e Fadinhas são parte desses auxiliadores, cuidando do solo, de árvores e das flores. Aprofundei meus estudos nos livros da autora Roselis Von Sass e viajei para tempos e locais diferentes. Percebo que tudo na natureza tem um construtor que também cuida. Cada elemento tem seu elementar e isso já foi citado em tantos livros e filmes. Me encanta saber que crianças, animais, insetos, flores, árvores, enfim, toda a natureza é integrada e tudo tem seu mantenedor. Sei que nas antigas civilizações, as escolas de crianças eram em bosques, pois as crianças aprendiam valores superiores em contato com a natureza. Vivenciavam o semear, germinar, produzir e decompor. Esses ensinamentos valiam muito para aquelas civilizações. Eu sei que atualmente a humanidade se considera bastante evoluída, mas nas minhas viagens nos livros da autora Roselis Von Sass, eu percebia muito mais felicidade nas crianças, jovens e adultos. Acredito que Dompi já existia e interagia com as crianças naquelas épocas. E o desafio é lançado quando ainda se encontra hortelã, erva-doce e outras ervas de responsabilidade de Dompi. Ela está presente atualmente também, então vamos procurar por ela. Isso vai exigir um querer sério de pais que tenham coragem de cruzar uma linha imaginável criada pela modernidade e que relegou Dompi e todos seus dinâmicos Elfos, Gnomos e etc. para as fábulas ou lendas. Fica então o convite para libertar crianças de celulares e televisões para começar a brincar em gramados e bosques. E agora sabemos porquê é muito mais saudável...

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