segunda-feira, 23 de abril de 2012

Na Luz da Verdade - Mensagem do Graal

de Abdruschin



“Nenhum ser humano se tem em conta de tão insignificante, para crer que sua existência fosse sem finalidade, se ele mesmo assim não a tornasse.”
Apaixonante e intrigante é notar que na vida e no Universo existem sistemas que podem ser reconhecidos por todos e são chamados por estudiosos de leis da natureza. Essas leis são encontradas na simplicidade de cada dia, como no dar e receber, no plantar e colher. Entre elas, podemos destacar a lei da gravidade, a lei do movimento, a lei da atração, e a lei da ação e reação. 
A obra Na Luz da Verdade, em três volumes, discorre sobre diversos ângulos das chamadas Leis da Natureza ou Leis da Criação, eviden- ciando sua relevância para o entendimento do Universo e do cotidiano de cada um. Dentro dessa perspectiva, Abdruschin mostra o caminho para que o ser humano possa atingir vibrações mais altas por meio de seus pensamentos, suas palavras e ações.

Em uma série de capítulos são abordados enigmas da existência, tais como: quem somos; de onde viemos; para onde vamos depois da morte; qual é a finalidade da vida terrena; por que existe tanto sofri- mento no mundo? Cada um deles conduz o leitor a olhar a realidade, a fim de desmistificar dogmas e de considerar sua responsabilidade pela própria felicidade ou infelicidade.
Na Luz da Verdade conduz à percepção de que podemos participar ativamente tanto de acontecimentos próximos quanto distantes que ocorrem em nosso planeta, no presente e no futuro, contribuindo, dessa forma, para a evolução do Universo. Passamos, a partir disso, a compreender a importância dos pensamentos, das palavras e das ações na formação do destino.
Assim, a obra trata de estudos profundos que levam aqueles, que se interessam pela espiritualidade e buscam respostas às diversas ques- tões da existência humana, à redescoberta da responsabilidade por sua própria trajetória.

“A crença não deve ser um manto ocultando magnanimamente toda e qualquer inércia de pensamento, que como uma doença do sono, cômoda e paralisante, desce sobre o espírito do ser humano! A crença tem de se transformar, na realidade, em convicção. Convicção, porém, exige vida, análise aguçadíssima!”

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Maternidade planetária

Sibélia Zanon

“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
 - Me ajuda a olhar!”
Eduardo Galeano, escritor uruguaio


A infância nos faz deparar com a surpresa, com o encantamento, com o olhar sensível às belezas esquecidas. A infância é capaz de despertar no adulto o desejo de proteger e de ser melhor. Talvez sejam esses alguns dos motivos pelos quais a maternidade é um presente.
Ser mãe, cada vez mais, é uma opção e não uma consequência de ser casada ou de ser mulher. Embora muitas mulheres pensem assim, há poucas décadas isso era impensável e ainda hoje há quem acredite que ser mãe é a principal função da mulher, que a vida sem filhos é vazia ou mesmo egoísta.
“Uma grande opressão paira sobre toda a feminilidade terrena, desde que foi difundida a ilusão de que o destino principal de uma mulher seria a maternidade”, considera o escritor Abdruschin, na obra Na Luz da Verdade.
Muitas ideias contaminam o solo do senso comum, sem que se saiba exatamente sua origem e, de repente, cresce um exército, que caminha, sem consciência ou convicção, numa mesma direção. “A sociedade contemporânea prega esse ideal da igualdade não individualizada porque necessita de átomos humanos, cada um idêntico ao outro, para fazê-los funcionar em massa, suavemente, sem atrito. Todos obedecendo aos mesmos comandos, embora todos estejam convencidos de que estão seguindo seus próprios desejos”, analisa o psicanalista Erich Fromm.
Ainda que obedecer possa ser uma virtude, de vez em quando é preciso levantar a cabeça e avaliar a que comandante estamos obedecendo e por qual motivo. Convicção, comodismo ou ignorância?
Os grandes desafios e inúmeros encantos que envolvem a maternidade e a paternidade são indiscutíveis. Porém, contribuir para marcar a infância de forma positiva e ser referência não é papel exclusivo dos pais, que geralmente já carregam uma carga grande de responsabilidades e culpas.
Basta fazer um breve exercício de imaginação: como seria criar filhos num mundo diferente? Em um país com publicidade responsável? Numa sociedade em que adultos cuidam de crianças, independentemente de quem sejam seus pais? Em um agrupamento que efetivamente respeita direitos e deveres, que cultiva a ética e os interesses coletivos?



Além da minha mãe, grandes mulheres marcaram a minha infância e continuam marcando a minha vida. Mulheres que buscam humanizar as relações e o cotidiano. Mulheres pensantes, que conseguem misturar ternura e tenacidade. Lembro-me de uma professora que cuidou da minha infância. Ela não fazia todas as nossas vontades e era exigente, mas era capaz de me cativar na mesma medida em que me estimulava a ser melhor. Ela sabia acolher sem perder de vista o rumo.
Nós todos podemos proteger as crianças, definir que tipo de atitude teremos enquanto adultos frente à infância que nos cerca. Mais do que gerar uma criança, é preciso ter a consciência sobre a relevância de ser adulto, de ser humano, sem perder a conexão com o encantamento.
“Não é em vão que nas recordações da infância se insere uma leve melancolia. Trata-se do sentimento inconsciente de ter perdido alguma coisa que deixou um vazio, a incapacidade de intuir ainda infantilmente. Mas decerto tendes notado muitas vezes o efeito maravilhoso e revigorante que causa uma pessoa, apenas com sua presença silenciosa, de cujos olhos irrompe de vez em quando um brilho infantil”, escreve Abdruschin. A minha professora tinha um brilho in- fantil no olhar.
Quando vamos crescer a ponto de sermos exemplos para as crianças? Quando vamos exercitar uma maternidade planetária, que cuida de tudo o que é vivo e precisa de proteção? Quando a nossa pegada pelo planeta vai ser menos árida e mais fértil? Me ajuda a sonhar?!

domingo, 15 de abril de 2012

Cuidar

Sibélia Zanon




A maternidade está cercada de encantos e responsabilidades. Isso não significa que ser mãe seja 
a função principal na existência de uma mulher. Mais do que gerar um filho, as crianças, os adultos, o planeta e tudo o que nele é vivo reivindicam: é preciso cuidar! Cuidar, exercitando uma maternidade planetária, que educa, protege e cultiva o que é bom.

“Quando fundimos nossa vontade humana com a vontade da natureza, temos então o potencial apto a criar um céu na Terra, não apenas para nós, mas para toda forma de Vida.”
David Spangler

sábado, 7 de abril de 2012

Festa da Primavera


A mitologia germânica conta que, originalmente, a Páscoa era uma grande festa da primavera, marcada pela chegada do sol depois de um longo inverno. Os germanos dedicavam suas festividades à deusa da primavera, Óstara, aquela capaz de fazer as sementes tornarem-se férteis. Na Idade Média, a festa cristã se sobrepôs à festa que os germanos dedicavam à Óstara.


"Assim que era anunciada a chegada de Óstara, iniciava-se uma intensa atividade entre os seres humanos. Casas, quintais e estábulos eram limpos, e tudo o que era inútil e velho era queimado... As mulheres preparavam ninhos nas hortas e nos campos, colocando neles ovos pintados de vermelho. Com isso esperavam ardentemente que a deusa os visse e os abençoasse...", conta Roselis von Sass em O Livro do Juízo Final 

Os ovos pintados de vermelho eram símbolo de fertilidade e de nova vida em crescimento. Ainda hoje, na Alemanha, ovos de galinha coloridos fazem parte do café da manhã de Páscoa.